segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A maratona

O avião da TAM decola, sem atraso, às 16:40. No dia seguinte, às 15:40, eu deveria estar chegando em Vancouver. São 16 horas de vôo e 7 horas de espera nos aeroportos de São Paulo e Toronto. Para evitar ou amenizar o tédio, pois eu tenho serias dificuldades para dormir no avião, levei na bagagem de mão revistas de passatempo, um guia de inglês para estudantes, um livro do Henri Charriére e um iPod. Utensílios que só me serviram para carregar peso. As aeronaves da Air Canada têm em cada assento uma TV que, com o manuseio, o passageiro recebe muitas opções para se distrair, como músicas, filmes, TV e o mapa que disponibiliza a localização do avião.

O trajeto São Paulo-Toronto é o mais longo: 10 horas de duração. Junto com Alan, novo amigo que conheci em decorrência da viagem, assisti a dois filmes: Horton e a Terra dos Quem e Aladim. Um para recordar a infância, outro para ver pela primeira vez e ambos muito bons. Ainda consegui o milagre de dormir, mais ou menos, três horas. Milagre que recebe o nome de Dormonid®. O tempo restante foi completado com duas boas refeições e conversando com Alan. Fiquei surpreso comigo mesmo, pois quando o piloto anunciou que iria pousar, eu disse: “Já?”.

Em Toronto, eu tinha uma hora para fazer a imigração, passar as malas na máquina de raio-x, despachá-las para Vancouver e me dirigir ao portão de embarque. Tempo suficiente se não fossem dois imprevistos. O primeiro foi na imigração. Eu e Alan estávamos com dificuldade em se comunicar com o sujeito mal-humorado que nos entrevistou. Ao perguntar quanto dinheiro trazíamos em espécie, não sabíamos o que significava a palavra check. Ele nos encaminhou para uma sala e, até o problema ser resolvido, ficamos atrasados. O segundo imprevisto eu soube que ocorreria em São Paulo. Minhas bagagens deveriam ser etiquetadas no Rio para Vancouver, mas o funcionário da TAM destinou-as para Toronto. Então, eu tive que pedir para etiquetá-las novamente em Toronto. Parece fácil, mas em um aeroporto grande como o de lá, ter que descobrir onde é o lugar e pedir para fazer isso em INGLÊS, não é fácil.

Enfim, com os problemas resolvidos, cheguei no portão de embarque para Vancouver faltando apenas 5 minutos. Foi quando veio a surpresa: “The airplane is broken!”. Conclusão: tanto estresse e correria em vão. O vôo atrasou mais de duas horas e fiquei sem fazer nada no aeroporto. O tempo serviu apenas para conhecer mais estudantes brasileiros. Como se não bastasse, o broken airplane sacolejada como nunca vi igual em um céu limpo. Meu estado de espírito estava próximo do pânico. Para relaxar, assisti a um episódio dos Simpsons e, com o avião mais estável, revi o sensacional filme inglês Efeito Dominó (nome original: The Bank Job). Dormi mais uma hora, desta vez naturalmente, e depois, finalmente tornei útil algo que levei na minha bagagem de mão: escutei músicas no iPod e fiz um jogo de Sudoku. As cinco horas de vôo também não demoraram a passar e, exatamente 25 horas depois da minha partida do Rio de Janeiro, com os tradicionais “Thank yous” das aeromoças, saio da aeronave. My God, estou em Vancouver!

Próximo tema: Minha homestay.

3 comentários:

Unknown disse...

Você venceu esta maratona.
Que bom que é jovem e chegou "inteiro" dela.
Bj !!!!!! LKN

Anônimo disse...

As palavras cruzadas com o Bruno Mazzeo na capa tiveram alguma utilidade?

Luiz Gustavo Kahn disse...

Hahahaha porque eu fui falar do blog pra voce? Vou te confessar: NAO! Mas ela ta aqui bem guardada para quando eu tiver algum momento de tedio...