sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Saudade

Vocês já devem saber que a palavra saudade não tem tradução para nenhuma língua do mundo. Um sentimento 100% português. Talvez então, por eu ser brasileiro, esteja sofrendo um pouco deste mal.

Apesar de estar adorando Vancouver, não vejo a hora de voltar para o Brasil. Já está me enchendo um pouco a paciência o frio, que às vezes fica abaixo de zero, e o fato de escurecer às 5 da tarde. Bons tempos quando o pôr-do-sol começava só às 8 horas da noite e a temperatura ficava em torno dos 20 ºC.

Mas não pensem que as saudades são apenas em relação à família ou aos amigos. Isso é óbvio. Apesar de sentir muita falta deles, gostaria de destacar os pequenos detalhes do Brasil que só distante passei a valorizá-los.

Sinto falta da minha cama, meu cachorro, Paissandú, PUC, O Globo, Globo, Sportv, Sol, calor, água de coco, Matte Leão, suco natural e por aí vai sem parar...

Se entrarmos no assunto comida, a lista dobra! São as churrascarias brasileiras, picanha, coração, lingüiça, quibe, pão de queijo, pão francês fresquinho, joelho, biscoito Passatempo, pastel (nossa, não sabia que era tão dependente de pastel), folhado, bolo da Sueli, HUMMM.

Aliás, quem diria? Em plena América do Norte, até fast-food brasileiro me faz falta. Ainda não encontrei nenhum milkshake de Ovomaltine que chegue aos pés do Bob’s. E o pior: o Mc Donalds canadense não tem cheddar!

Mas sentir saudades não significa lamentar. Tento aproveitar cada minuto em Vancouver, porque esta experiência única na minha vida com certeza me deixará boas lembranças e, conseqüentemente, saudades. Como a minha hostfamily, amigos de vários países, calçadas limpas, ruas sem trânsito, ônibus quase vazios, waffles cobertos de maple syrup, Toblerone a um dólar...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Rocky Mountains

O momento mais esperado da viagem chegou na semana passada. Aproveitando o feriado do Remembrance Day, arrumei um grupo bacana e passei quatro dias nas Rocky Mountains. Ou se preferir, Montanhas Rochosas, aquelas cadeias de montanhas que, nas aulas de Geografia, aprendemos que ficam na costa oeste dos Estados Unidos e Canadá, e são dobramentos modernos assim como a Cordilheira dos Andes na América do Sul. Trata-se simplesmente do lugar mais famoso das “redondezas’’ de Vancouver. Redondezas entre aspas porque, até lá, são 10 horas de ônibus. Atravessei o estado de British Columbia para chegar no estado de Alberta, onde fica Rocky.

O lugar é realmente esplêndido. O mais bonito que eu já visitei (digo “visitar” porque no Rio de Janeiro eu moro né?). Surpreendentemente bom, segundo o guia, tendo em vista que estamos em novembro, o tempo colaborou para que pudéssemos avistar toda a exuberância e a imponência das Rocky Mountains.

Foram tantas paisagens lindíssimas que, se eu ficar descrevendo todas, precisarei de 5 posts. Mas três fatos devem ser destacados. O primeiro trata-se da primeira vez em que pisei na neve. Uma forte emoção para um carioca de plantão. Em segundo lugar, tenho que relatar a cidade de Banff, a maior nas Rocky Mountains canadenses. Impressionante como no meio de um monte de montanhas aparece uma cidade com um estilo bem transado e aconchegante. Pena que cometi a tolice de esquecer de tirar uma foto de lá (mas dêem uma olhada neste link). Por último, um comentário: o que era aquele Lake Louise? Se eu visse por foto duvidaria da veracidade. Um photoshop da natureza. Bem mais bonito que os papéis de parede do Windows.

Agora chega de escrever e vamos às fotos. Afinal, imagens valem mais que mil palavras. Perdoem pela frase batida, mas se encaixa perfeitamente neste caso.
Até!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Bandeira Canadense

Trago a resposta do post anterior. Você já viu o Maple Leaf na bandeira do Canadá. Por sinal, chamada de Maple Leaf Flag.

Outras curiosidades sobre a bandeira. O branco representa o território canadense, enquanto o vermelho da esquerda e da direita simbolizam, respectivamente, os oceanos Pacífico e Atlântico. Por sua vez, o Maple Leaf mostra as florestas de plátanos espalhadas pelo Canadá. Trata-se das árvores do maple.

O que mais surpreende nesta cultura de almanaque do Wikipédia é o ano de criação da bandeira: 1965. Mais especificamente no dia 15 de fevereiro. Recente, não?

O próximo post será mais interessante. Afinal, estive nas Rocky Mountains. Até!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Estamos no Outono

Enquanto vocês curtem aí o finzinho da primavera carioca com temperatura média de verão, o frio começa a apertar em Vancouver. Há mais de um mês que o Canadá está na estação do outono. Por causa disso, as famosas folhas canadenses, chamadas de Maple Leaf, já estão se avermelhando e caindo. Em função disso, as ruas mudaram radicalmente o visual em pouco mais de uma semana. Apesar de se tratar de um fenômeno bonito da natureza, estas mudanças estão deixando as calçadas bem sujas. Pelo menos de folhas, e não de lixo como no Brasil.

É desta planta que se faz o delicioso Maple Syrup, uma espécie de calda 100% canadense. Quase todos os dias, no café da manhã, cubro meus waffles com esta iguaria. Certamente, você já viu uma Maple Leaf. Onde? Observe a folha com atenção na última foto. Lembrou? Desvendo o enigma no próximo post.


domingo, 2 de novembro de 2008

Halloween


O Halloween é realmente levado a sério no Canadá. Os preparativos começam no início de outubro, com as casas decoradas de abóboras e espantalhos, produtos do tema nas prateleiras dos supermercados e lojas de fantasias cheias de gente. No dia 31, Vancouver parecia ser uma cidade mal-assombrada. Caminhavam pelas ruas caveiras, vampiros, bruxas, lobisomens e outros seres do gênero. Até quem estava trabalhando vestia sua fantasia. Durante a noite, crianças batiam de porta em porta pedindo balas e chocolates. Os sites do Google e Youtube, no domínio canadense, também não deixaram a data passar batida, veja abaixo as logomarcas especiais para o Dia das Bruxas.