quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Nova Iorque

Ao saber que passei cinco dias em Nova Iorque, ou melhor, em Manhattan, uma estudante mexicana mandou aquela frase batida: poderia descrever Nova Iorque em uma palavra?

Confesso que eu nunca me simpatizei com este tipo de pergunta meio Xuxa, ou Diga Rápido, sei lá. Mas não foi a minha má vontade o motivo pelo qual ela não obtivesse a resposta. Simplesmente constatei que a tarefa era impossível. Como classificar aquela ilha maluca em uma só palavra? Seria uma baita pretensão da minha parte. Nova Iorque é tudo, menos singular. Lá, a quantidade sempre é exorbitante e exagerada, sem restrições.

Exemplo? Teatros na Broadway. Assisti ao Rei Leão e ao Fantasma da Ópera. Que maravilha! O primeiro é para se emocionar, tamanha a megaprodução e a capacidade de fazer a platéia esquecer que os animais eram humanos devido à perfeição dos figurinos e das coreografias. É incrível, também, a maneira como a peça consegue ser fiel ao desenho animado dos estúdios Disney. Já o segundo espetáculo é para babar, pois o luxo do palco e o a voz esplêndida dos atores/cantores profissionais deixam qualquer um de boca aberta. Tudo muito grande, muito rico. E vale lembrar que são apenas dois espetáculos dos 39 que estão em cartaz.

E não para por aí. Times Square, que lugar é aquele! Quem não olha para o céu não sabe se está de dia ou de noite. A junção da Broadway com a Sétima Avenida é cheia de anúncios luminosos gigantescos (quanto será o custo por minuto daqueles espaços de publicidade?), um turbilhão de gente de todas as partes do mundo, lojas, carros, restaurantes, luzes, mais luzes e mais luzes. Com um minuto parado na Times Square pode-se ouvir vários idiomas. E ainda quer que eu descreva Nova Iorque em uma palavra?

AH, os museus! Fui ao American Museum of Natural History e ao Metropolitan Museum of Art, os mais famosos dos trocentos espalhados pela cidade. Aquilo junto é maior que Itaipava, não é possível! O primeiro contava a História do Universo, da Terra e da humanidade, o maior do mundo neste tema. O segundo é o maior dos EUA, seus quatro quarteirões são suficientes para expor apenas pequena parte de sua coletânea, mais de dois milhões de obras de arte. Será que alguém no mundo já andou os dois museus inteirinhos, com atenção detalhada a cada setor? Duvido.

Faltou também falar das lojas, afinal, Nova Iorque é a cidade das compras. As grifes, por exemplo, dominam quase uma Avenida inteira, a Quinta. As lojas dos ricaços começam, mais ou menos, na esquina do Empire State, e termina no Central Park, são quase 25 quarteirões de compras! Não satisfeitas, as lojas continuam bem ao lado do Central Park, na Avenida Madison, onde se pode observar uma multidão de endinheirados desfilando com suas jóias e roupas chiques pela calçada. É impressionante o fato das lojas estarem todas cheias, inclusive na fila do caixa. Muita gente comprando e pagando caro. Isso em plena crise financeira mundial. Nunca vou esquecer do cachecol de 600 dólares. Era um paninho vagabundo, juro.

Aliás, a tendência de tudo grande e exagerado também não poupa os preços. Nova Iorque é muito caro. Incluem-se nisso hotéis, restaurantes, ingressos, transporte e qualquer outra atividade que demande gastar dinheiro.

Se eu fosse realmente obrigado a descrever Nova Iorque em uma palavra, eu escolheria denso, ou compacto. Explico. Os incríveis arranha-céus (só ao vivo para ter a dimensão exata do absurdo tamanho daqueles monumentos) estão todos densamente localizados na pequena grande Manhattan, assim como as pessoas nas calçadas e os carros nas ruas. Mas até nisso a cidade que nunca dorme traz suas exceções. Em plena Wall Street, centro financeiro do mundo, entre aqueles arranha-céus imponentes, destaca-se uma enorme área vazia. E macabra. Falo do Ground Zero, lugar onde já existiram as torres do World Trade Center. Centenas de ambulantes ao redor vendem lembrancinhas dos atentados de 11 de Setembro, com direito a fotos de corpos mutilados, Osama Bin Laden e, claro, os aviões se chocando com os prédios. O pior de tudo é o fato de que há quem compre.

O texto está ficando extenso e não tem relatado nem um décimo dos lugares e fatos interessantes que presenciei na Big Apple. Mas não há outra maneira. A capital do mundo é grande em tudo. Até no apelido.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Amanhã

Por causa da época de provas na ILSC, o blog ficou abandonado por uma semana. Mas estou de volta! Amanhã, sem falta, publico meu texto sobre Nova Iorque. Por enquanto, uma foto minha na alucinante Times Square.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Aperitivo

Pois é gente, ando meio sem tempo para escrever um texto legal sobre minha viagem para Nova Iorque. E tenho que fazer isso logo, pois fará três semanas que eu voltei! Se bem que é impossível esquecer qualquer momento vivido naquela cidade. Não passará de quinta-feira, pronto! Por enquanto, publico uma pequena amostra do que vem pela frente. Na foto, estou com uma cara de pastel no topo do Empire State, o ponto que voltou a ser o mais alto de Nova Iorque em 11 de Setembro de 2001. Estão vendo aqueles edifícios lá em baixo bem discretos? Todos gigantescos, mas insignificantes comparados ao Empire State. O mais impressionante é o ano de sua inauguração: 1931. Ele foi o maior do mundo até 1972, quando o falecido World Trade Center foi concluído. Hoje, o Empire State é o nono maior arranha-céu do planeta.
Até a próxima cultura de almanaque, quer dizer, de Wikipédia.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Minha mãe no Canadá - parte 2



4º DIA (domingo): Acordamos bem cedo para ver a última, e mais famosa, atração de Victoria: o Butchart Gardens. Fica a 30 minutos de onde estávamos em Downtown. Como o nome sugere, trata-se de um jardim imenso, com flores de todas as partes do mundo, incluindo generosos espaços das floriculturas japonesas, canadenses e italianas. Admito não ser muita a minha praia ver centenas de plantinhas e florzinhas, mas confesso que o lugar é bem cuidado, bonito, grande e caro. Mas era hora de voltar a Vancouver, ainda havia muito que fazer lá. Ao pegarmos o mesmo Ferry Boat da ida, cruzamos o arquipélago e mais duas paisagens inéditas: o pôr-do-sol (lindo ao vivo, feio na foto) e o Mount Baker, aquele mesmo na fronteira dos EUA, cheio de neve, que vi há um mês do pico da Grouse Mountain.

5º DIA (segunda-feira): Combinei com minha mãe de matar um dia de aula para poder passar um tempo maior com ela. E o dia escolhido foi segunda-feira. Então, que aproveitássemos ao máximo, e bota máximo nisso. Só para começar, andamos na Robson Street, rua das compras, inteirinha. Depois, viramos na Denman Street*, rua gastronômica, e encontramos com meus outros pais, os canadenses, em um restaurante malaio. De barriga cheia, continuamos a maratona. Utilizando somente as pernas como meio de transporte, o Stanley Park foi a próxima parada. Voltamos pelo calçadão da English Bay* até Granville Island*, onde também a conhecemos toda. Para descansar, uma balsa nos levou para uma volta pela English Bay em mais um raro dia ensolarado da cidade. Exaustos, não havia nenhum lugar de Vancouver que mais motivasse a gente ir do que a cama do hotel. E foi lá que ficamos até, mais ou menos, umas 9 horas, quando saímos para jantar no excelente The Keg. Aliás, estava desacostumado a comer tão “tarde”. A maioria dos canadenses, inclusive minha hostfamily, janta às 6 horas.

6º DIA (terça-feira): Último dia em Vancouver. Minha cabeça já pensava mais na Big Apple do que em qualquer outra coisa. Enquanto estava nas aulas da ILSC, minha mãe conheceu o histórico bairro Gastown (onde ainda não tive a oportunidade de ir), além de dar uma segunda passada no Pacific Centre* e na Robson Street. Como de costume, nos encontramos depois da aula, às 4 horas. Subimos o Harbour Centre*, famosa torre de Vancouver. Vimos o dia virar noite, as luzes da cidade se ascenderem e o raríssimo pôr-do-sol canadense se despedindo de uma mãe privilegiada.

* Nota: Você deve estar se perguntando: o que seria English Bay? Que Stanley Park é esse? E o tal do Harbour Centre? Queria explicar tudo, o problema que o texto ficaria muito grande, e vocês não leriam nada. A idéia central do post foi detalhar a visita da minha mãe. Mas há tempo para tudo. Eu garanto, quem acompanhar o Conexão Vancouver do início ao fim estará sabendo mais da cidade do que eu mesmo.

Próximo destino: Nova Iorque!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Encontro global


Pedido de madrinha é sagrado. Então, está aqui a foto da minha hostfamily. Trata-se do encontro da minha mãe original, Laura, com meus pais temporários, Thoko e Larry. Não entendeu o título do post? Explico. A Thoko é sul-africana, mora há 15 anos em Vancouver, trazida de seu país natal com seus dois filhos por Larry. A garçonete era chinesa, o restaurante era malaio (e bom, diga-se por passagem e parênteses) e minha comida veio cortada à francesa. Estávamos no Canadá, além da mesa ter contado com dois brasileiros, é claro. E por que não citar a sobremesa? Uma deliciosa torta alemã.

Quanto ao papo, fiquei até surpreendido: rendeu! Minha mãe fez direitinho o dever de casa antes da viagem. Apesar de soltar de vez em quando um “” ou um “pois é”, estava se virando com o idioma de uma maneira bem aceitável, assim como eu.

Sei que está faltando o roteiro da segunda parte da minha mãe em Vancouver. E, prometo, virá no próximo post, amanhã, de noite! Só não me cobrem o horário, não sou inglês...

domingo, 12 de outubro de 2008

Nessas horas que é bom ser solteiro


Procurava as melhores fotos para postar junto ao texto que ainda escreverei sobre a segunda parte da minha mãe no Canadá, quando me deparei com esta foto acima. No início, fiquei um pouco bravo, mas depois, achei até engraçado. Porém, uma questão ficou martelando em minha cabeça. Passo para vocês:
O autor da foto, em que estou no British Columbia Museum de Victoria, cometeu um ''acidente'' ou apertou mesmo o botão de sacanagem? Perdão pelo termo chulo, mas não encontrei outra palavra mais apropriada para a situação.
Fiquem à vontade para opinar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Minha mãe no Canadá - parte 1

1º DIA (quinta-feira): Minha mãe chegou no Hotel Victoria no tempo previsto. Eram 16 horas, mesmo horário do término da minha aula. Andei as três quadras que separam o ILSC do hotel, ansioso para revê-la, já que nunca havia ficado 2 meses distante dela. Com as saudades matadas, andamos um pouco pelo Pacific Centre, famoso shopping em Downtown, e jantamos no Red Robin da Robson Street. Tudo pertinho. Ela voltou logo ao hotel para descansar das 22 horas de viagem que havia feito poucas horas antes.

2º DIA (sexta-feira): Enquanto estava no meu curso de inglês, minha mãe conheceu, para desespero do meu pai, o Metrotown: maior shopping de Vancouver e que não fica em Vancouver, mas sim no município vizinho Burnaby. Nos encontramos às 4 horas da tarde, fomos para North Vancouver e subimos a Grouse Mountain (leia post antigo), mas desta vez de gôndola, é claro. A paisagem não estava tão bonita como na primeira vez que eu fui. O céu nublado e o frio cortante atrapalharam um pouco o passeio. Jantamos em North Vancouver mesmo, na Pizza Hut. Quem conhece minha mãe deve ter estranhado, mas calmem, ela não comeu pizza!

3º DIA (sábado): Finalmente minha mãe tirou da mala o Sol que ela trouxe no Brasil e que não se via a tempos em Vancouver. Embarcamos às 9 horas em um Ferry Boat em direção à Victoria. A capital de British Columbia* é a maior cidade de Vancouver Island - ilha gigante que se localiza em frente de Vancouver - e possui 330 mil habitantes. Pouco antes de chegar ao destino, o navio passou por um belo arquipélago proporcionando belas imagens junto ao Oceano Pacífico. Com o hotel já encontrado às 13 horas, começamos a explorar Victoria. Os principais pontos turísticos eram muito próximos, em Downtown. A exceção era Butchart Gardens, que optamos por conhecer no dia seguinte. No sábado restou ver Inner Harbour, Totem Poles, Beacon Park, British Columbia Museum, o Parlamento com suas milhares de luzes e as ruas antigas, coloridas e floridas da cidade. Além disso, saboreei no almoço uma apetitosa carne quase igual as do Brasil! Todos consideram Victoria uma cidade européia dentro do Canadá. Pelo que eu conheço da Europa (fotos), a comparação é aceitável.
*British Columbia: Uma das 13 províncias canadenses, banhada pelo Oceano Pacífico e tem como cidades mais importantes Vancouver, Surrey, Victoria e Burnaby.









CONTINUA...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Visita

Ando ausente no blog, confesso. Mas o motivo é mais do que nobre: passei os últimos 12 dias com minha mãe! A metade do tempo foi gasta em Vancouver. Depois, viajamos para Nova York por mais 5 dias. Este período ao lado dela foi magnífico e, é claro, será relatado com detalhes, dia por dia, aqui no Conexão Vancouver. Aguardem!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Mês de Setembro

Esta foi minha turma da manhã no mês de Setembro com o professor Grant. São cinco japoneses, três coreanos, dois brasileiros e uma suíça. Reparem no desenho do Rio de Janeiro colado na parede atrás da turma. Quem desenhou aquele Corcovado leva jeito! rss